domingo, 14 de abril de 2019

Da arte mais bela e solitária fiz o mais terrível trabalho
um amontoado de mágoas e fracassos
Da arte mais nobre e silenciosa,
fiz um barulho metálico ensurdecedor
um silêncio doentio
uma mente tão confusa,
fiz feridas que se escondem em montes de lixo
Em silêncio eu erro
Berro
Encerro
dos rabiscos que criei, nada será lembrado
Como numa profecia maldosa,
da arte mais dolorosa, fiz estragos
Meus olhos não se erguem mais
Meus medos me acorrentam em pavores constantes
me escondo, não deixo mais a luz do sol ferir meus olhos
Todas as cores apagadas
Da arte mais ilusória, desejei tudo

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