quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A bruxa matou o diabo
Afogado
Ela arracou seus olhos venenosos
Matou em delírio frenético
O diabo vaidoso
Pequeno
Ela sentiu suas forças astrais retomadas
O diabo rastejante implorou
Mas a bruxa o matou
Diabo rastejante, que sugava suas forças
A bruxa está viva outra vez
Afogado em água perfumada de rosas vermelhas
Ela deu a volta
Puxou o pequeno diabo pelo rabo e o mandou de volta para suas sombras distantes de morros tardios
Ela arrancou os olhos do diabo para que ele parasse de olhar para seu umbigo maligno que destrói
O diabo é pequeno
Precisa da bruxa para se alimentar
Ele foi esmagado sem dó
A bruxa fecha os olhos
Respira
Traz seu universo de novo a girar.

Numa dessas curvas da vida esqueci de mim
foi quando parei de me olhar
numa dessas curvas comecei a aceitar migalhas
marginalizei meu coração e escondi minha alma em alguma gaveta imunda
Anulei meu sangue
acabei
violei meus pesares para sorrir sem vontade
fiz moeda de troca com meus sonhos
aniquilei as chances
enterrei chorando minhas sombras
Me procurei, mas não existo mais
cada rua
cada trago
cada vez que fecho os olhos e tento voltar
talvez sem tempo
talvez sem coragem
Talvez um dia

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

A bruxa matou o diabo
afogado
Ela arracou seus olhos venenosos
matou em delírio frenético
O diabo vaidoso
pequeno
suas forças astrais retomadas
O diabo rastejante implorou
mas a bruxa o matou
Diabo, que sugava suas forças
a bruxa está viva outra vez
Afogado em água perfumada de rosas vermelhas
Ela deu a volta,
puxou o pequeno diabo pelo rabo e o mandou de volta para suas sombras distantes de morros tardios
arrancou os olhos do diabo para que ele parasse de olhar para seu umbigo maligno que destrói
O diabo é pequeno
se alimenta da bruxa
ele foi esmagado sem dó
A bruxa fecha os olhos
respira
Traz seu universo de novo a girar.