Botinas molhadas, frio de cortar, nem se lembra mais de comer, não se lembra de quase nada.
Anda sem encarar as máscaras pela rua, queria um cigarro.
Um copo de vinho pra aquecer o espírito congelado.
Corpo congelado.
Agradece e atravessa a rua, desvia, evita, não precisa mais esperar a raiva passar, pode odiar, pode querer, mas não lembra.
Não se lembrou de dar o beijo, sem tempo agora, ele esqueceu.
Agora pode se deitar na pedra fria, nem lembra.
A chuva levou embora a coragem, mas ele não se lembra.
Não lembra que entregou a sua vida, não quer lembrar que ela riu, não quer lembrar que ela não acreditou.
segunda-feira, 7 de março de 2016
NÃO LEMBRA
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