terça-feira, 25 de julho de 2017

POEMA PARA JOHN

John foi o único sopro de vida
Enredado, entrelaçado com a morte,  não poderia.
De fato se entregava com certo prazer
Tão certo quanto as veias pulsando
Olhos vidrados
Confortavelmente
John é poesia feita de dor
Machuca, implora
Com pés gelados..coração duro
Neve
Neve por todos os lados
Angústia em metanfetaminas
Perdido em quartos sujos
Ele era amor
É espinho
Aceitou o sangue
Sem preces para aconchegar seus medos
O dono do vilarejo
John escolheu
Foi escolhido
Enxotado
Foi recolhido pela princesa louca
Que espera os dias passarem
E agora ficou sozinha
John partiu.
Deixou tudo para trás
Até mesmo aquela por quem jurou amor
Em doses alucinógenas
Em gritos sufocados
John a deixou
E ela passou a dançar nas tumbas
John não voltou
Não ligou
Nem mandou um olá
A dolorosa existência
Que acorrenta
Até o dia  em que terra nos cubra
John é vida pura em morte certa

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