sexta-feira, 22 de setembro de 2017

POEMA DE AMOR

Minha carne rasgada,
olhos vidrados, restos de alguém que passou.
É amor.
No escuro lembrando,  tentando esquecer.
Nada é suficiente para me entorpecer.
Meu grande amor.
Se foi.
Se foi entre gritos e desespero, me alegrei com ódio profundo.
Escrevi com lágrimas, palavras de cristal.
Me enrosquei em espinhos suaves, que penetravam tão loucamente dolorosos.
Meu amor.
Confuso, distante, eterno.
Atrás das portas chorei, pedi para morrer.
Sem adeus, sem olhar.
Todos os dias meu café é amargo,
amargo de amor.
De sonho, sonho azul cobalto, sonho que nas veias matou,
sonho de corpos na neve,
amor cinzento que queima.
Poema mal feito de amor.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017