sábado, 14 de abril de 2018

Tão Macabéa.
Aos inversos
pele descolorida
sem vida
Tão Macabéa
desvalida
Anda pelas ruas
queria usar batom
chinelos de borracha
quase arrasta pos pés quando anda.
Parece Atlas carregando o mundo
não sabe quem é Atlas,
seus olhos de animal manso
sem brilho
nem perspectivas
Queria usar batom
Chega em casa, lava a louça e liga o rádio
nem gosta de música
Nunca se lembrou de gostar de quase nada,
gosta de batom
Queria um vermelho,
mas sua pele desbotada faz parecer um quadro de mal gosto,
ela não sabe de nada.
Apenas que queria usar batom.

domingo, 8 de abril de 2018

Parasitas sociais
Invisíveis
Desnecessários
cada um.
Sorrisos em bocas apodrecidas
olhos vidrados em lixo eletrônico
Todos parecem felizes
tudo errado
mentiras
máscaras
Morram todos!
Quero ver todos engasgados com farelos e migalhas lambidas nos bueiros,
nas ruas fétidas.
Provocações invejosas
Raiva
Nojo
Fraqueza
Todos querendo sua cota de Somma
É Huxley...todos criados para serem bonecos risonhos,
afasta de mim o lixo caótico
Me deixe morrer...em Seattle....em Osasco
qualquer sarjeta onde eu possa sufocar
Onde eu possa rastejar até me transformar em um inseto repulsivo
expelindo minha baba venenosa, cheia de rancor
decadência humana
Febril
corte os braços...deixe o vermelho aparecer
esquecendo as dores da mente
deixe a lâmina machucar, a dor é a única realidade possível
feche os olhos, tente fingir
sorria, seu melhor sorriso cadavérico
Seja a sombra que assombra as lembranças
finja que nada existe
Engula sua porção de ilusão.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Parasitas sociais
Invisíveis
Desnecessários
cada um.
Sorrisos em bocas apodrecidas
olhos vidrados em lixo eletrônico
Todos parecem felizes
tudo errado
mentiras
máscaras
Morram todos!
Quero ver todos engasgados com farelos e migalhas lambidas nos bueiros,
nas ruas fétidas
provocações invejosas
Raiva
Nojo
Fraqueza
Todos querendo sua cota se Somma
É Huxley...todos criados para serem bonecos risonhos,
afasta de mim o lixo caótico
Me deixe morrer...em Seattle....em Osasco
qualquer sarjeta onde eu possa sufocar
Onde eu possa rastejar até me transformar em um inseto repulsivo
expelindo minha baba venenosa, cheia de rancor
decadência humana
Febril
corte os braços...deixe o vermelho aparecer
esquecendo as dores da mente
deixe a lâmina machucar, a dor é a única realidade possível
feche os olhos, tente fingir
sorria, seu melhor sorriso cadavérico
Seja a sombra que assombra as lembranças
finja que nada existe
Engula sua porção de ilusão.